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Coluna do Associado

 

Conhecendo o Iluminismo

Difícil é a tarefa de dar uma visão geral sobrecomo se pensava o homem na filosofia iluminista, porque cada um dos diversos filósofos desse período possui a sua definição particular de homem. No entanto, podemos apontar os aspectos em comum nessas formas de pensar.

O que é o Homem, para a filosofia iluminista?

O Homem é um ser de razão.

O exercício autônomo e soberano da razão é decerto o próprio lema do iluminismo.

Sapere Aude!” Tenha a coragem de te servires do teu próprio intelecto. Essa é a divisa do iluminismo.

Mas que razão?

É uma razão vinculada e limitada na experiência, nos limites do Homem. Uma razão como força diretiva e organizadora da própria experiência, fora da qual só os problemas insolúveis ou fictícios subsistem. Conseqüência disso é que os problemas metafísicos e teológicos deixam de serem considerados problemas filosóficos.

Há duas características básicas no iluminismo. A rigorosa autolimitação da razão aos limites da experiência e a possibilidade da razão de investigar todo o aspecto ou domínio que se contenha dentro de tais limites.

A razão é, para os iluministas, a força a que se deve fazer apelo para a transformação do mundo humano, para encaminhar este mundo para a felicidade e a liberdade, libertando-o da servidão e dos preconceitos.

A razão opõe-se a tradição, que apresenta como verdadeiros os erros e os preconceitos e justos os privilégios e as injustiças, que têm suas raízes no passado. É contra as estruturas feudais e os privilégios sociais e políticos. É contra a religião revelada. É a razão que deve julgar toda a crença ou pretensão , numa investigação racional da política e da religião. É, portanto, antitradicionalista, questionadora.

O resultado dessas idéias é o conceito de uma história em que o progresso é possível; em que a razão, embora através de lutas e contrastes, pode afirmar-se ou prevalecer. E a descoberta que os sentimentos e a paixão fazem parte da natureza intrínseca do Homem, em seu “estado natural”, têm papel importante para o estímulo do uso da razão. É o Homem redescobrindo sua natureza animal instintiva.

Na visão do iluminismo, o progresso implica uma mudança operada pelo Homem, segundo fins racionais e medida pelo critério do melhor.

O Homem passa a ocupar o centro do qual irradiam as linhas de inteligibilidade. Deus é autor da ordem do mundo, mas nada tem a ver com o Homem e com a sua história. É o Homem que, usando da razão, e da força do instinto, traça sua história. É a retomada pelo Homem da responsabilidade de seu próprio destino.

Luis Antonio da Silva

 

Reflexão

 

A Liquidação

 

Vende-se mão-de-obra barata

Compra-se o esforço humano

Pelo menor preço.

 

Não nasci

para servir como uma

simples peça de engrenagem

nem ser rotulado com uma coisa

coisificável

que se vende ou se compra

por vantagens

quero ser valorizado

pelo suor que derramo

e contribuir com meu trabalho

para valorizar o ser humano

sou agente de transformação

não sou produto não

sou gente e não estou em

liquidação.

Peilton Sena

in Momentos.

Refletindo com Ortega y Gasset

 

Ortega vai muito além de seu compromisso com este ou aquele grupo, pois, o seu leme é a filosofia como resposta e impulso vivaz para uma vida que renasce, posto que não adormece: a vida desperta pelo pensamento dinâmico que busca o novo com urgência e sem temor. O homem aberto e sem preconceitos perante as aventuras do intelecto como poder transformador da vida e de si mesmo; o dinamismo do pensar possibilitando ao homem talhar a si e a vida com o cinzel da Filosofia.

Suas palavras são bem claras e apontam horizontes seguros: “Para formarnos un concepto nuevo necesitamos antes tener y ver algo novísimo. De donde resulta que el hallazgo es, además de una realidad nueva, la iniciación de una nueva idea del ser, de una nueva ontología —de una nueva filosofía y, en la medida en que ésta influye en la vida, de toda una nueva vida— vita nova.”(ORTEGA Y GASSET, ¿Qué es filosofía? - Lección X).

 

Ronaldo Ronil

 

Teste seus conhecimentos

01. Quem foi o grande grego que governou a cidade de Atenas no seu período mais próspero, período que conhecemos como século (era) de ouro? (a) - Sólon; (b) - Aristides; (c) - Clístenes; (d) - Silas; (e) - Péricles.

 

02. Na Grécia antiga havia o famoso Oráculo de Delfos, consagrado ao deus Apolo. Em seu pórtico (entrada) havia uma famosa inscrição, que inspirou o filósofo Sócrates no desenvolvimento de seu pensamento. Qual era essa frase? (a) - Só sei que nada sei; (b) - O homem é a medida de todas as coisas; das que são enquanto são e das que não são enquanto não são; (c) - Todo homem tende naturalmente para o conhecimento; (d) - Homem, conhece-te a timesmo; (e) - Conhecer é recordar.

 

03. Qual foi o matemático/filósofo que definiu o famoso teorema que diz: o quadrado da hipotenusa é igual a soma dos quadrados dos catetos? (a) - Pitágoras; (b) - Aristarco; (c) - Plotino; (d) - Protágoras; (e) - Sófocles.

 

04. Qual foi o célebre filósofo, condenado à morte por perverter a juventude da cidade de Atenas?(a) - Platão; (b) - Anaximandro; (c) - Zenão de Eléia; (d) - Pródico de Céos; (e) - Parmênides.

 

05. Quem foi o famoso filósofo que escreveu a obra "O Político"? (a) - Aristóteles; (b) - Sócrates; (c) - Platão; (d) - Demócrito;(e) - Leucípo