EditorialAlca e neocolonialismoO Brasil, mesmo antes de tornar-se um país independente, já sofria conseqüências das questões diplomatas, envolvendo seus interesses e suas riquezas. É o que aconteceu em 1703, o famoso acordo dos “panos e vinhos” entre Portugal e a Inglaterra. Por mais que o vinho de Portugal fosse de boa qualidade não daria para trocá-lo pelos panos ingleses. Os ingleses. no caso, tiveram dois ganhos com esse tratado, o primeiro deles é que acabaram com a incipiente indústria portuguesa, o que elas continuaram a produzir (sobraram bem poucas) foi pano que servia para roupa dos escravos ou sacos para embalar a rapadura da cana de açúcar ou outros produtos. É claro que algo tinha que compensar a balança de pagamentos, entre esses dois países europeus, neste aspecto entramos nós! O Brasil. desde o final de séc. XVII, já tinha ouro sendo explorado e é claro que os ingleses já sabiam disso; portanto, o fim da história é trágico (para nós!). Para que possamos ter uma idéia, 90% da produção mundial do séc. XVIII foram retirados do solo brasileiro! E nós? Perdemos parte de nossas reservas, tanto é que chegamos ao final do séc.XVIII com revoltas em Minas Gerais, “derramas reais” e atraso em todos os sentidos. Bem, outras datas tão terríveis para nó e nossas riquezas não faltam, porém nosso intuito não é o de uma aula de história, mas sim efetivar um breve comentário sobre algumas questões que nos atingem. Desde que o chamado neoliberalismo teve inicio na Inglaterra e aprofundamento nos USA, nos anos oitenta, alguma coisa estava no ar, no jargão popular “sobraria para nós!”. Primeiro foram as privatizações, o patrimônio industrial. em suas várias matizes, foi simplesmente sucateado, leilões e mais leilões tornaram possível rifar nosso parque produtivo. Depois, chegou o momento de tentar passar o tratado da Alca. Em outras palavras um tratado de livre comércio entre os países do Sul do hemisfério e o “grande irmão” (ou seria Big Brother?). Coisa simples de entender, os produtos deles entrariam aqui livres de taxas e os nossos lá, mas será que daria para concorrer? Como concorrer com uma das nações mais (tecnologicamente falando) avançadas? Será que daria? É claro que não.Poucas vozes colocam-se contra, até no atual momento eleitoral. Mesmo com plebiscito feito por entidades sindicais e setores progressistas do clero, onde parte da população manifestou-se majoritariamente contra tal acordo e suas conseqüências, existe um grande silêncio, quer seja por parte da mídia ou de candidaturas majoritárias, com boas chances de vitória. E como tudo ficará? Bem, uma manifestação popular esta sendo programada (pelas mesmas entidades que promoveram o plebiscito), não podemos ficar parados, temos que fazer alguma coisa, não deixemos 1703 repetir-se! Barremos o neocolonialismo! |
AgendaII Curso de História da FilosofiaMódulo VI - O Pensamento Contemporâneo IIInício: 05 de outubro de 2002. A Astronomia de Ptolomeu a Kepler Início: 19 de outubro de 2002 Filosofia da Arte Início: 17 de outubro de 2002. Local: Treinasse – Av. Cons. Nébias, 337, Santos/SP Informações: Tel. (13) 3252-3319 (CEFS) Palestras: 28/09/2002: Copérnico e Galileu A Revolução científica Palestrante:Paulo César G. de Souza 26/10/2002: As Religiões abraâmicas Origem e influências Palestrante: José Henrique Garcia=========================
ExpedienteJornal Paradigmas, uma publicação do CEFS – Centro de Estudos Filosóficos de Santos O CEFS é uma entidade sem fins lucrativos, que tem como objetivo fundamental levar a Filosofia a toda a sociedade, sem qualquer discriminação, contribuindo, assim, com a formação da consciência crítica do cidadão e propiciando-lhe, por conseguinte, melhor reflexão e atuação diante da realidade de que faz parte. Presidente Luiz Meirelles Vice-Presidente Ronaldo Ronil da Silva Jr. Conselho Editorial Cristiane Guapo / José Sobreira Barros Jr Luiz Meirelles Jornalista Responsável Beth Capelache Mtb.: 2.383.802 Os artigos assinados não refletem, necessariamente, a opinião do CEFS. CEFS Rua Brás Cubas, 125, casa 01, Centro Cep 11013-161 Santos/SP Telefone: (13) 3252-3319 Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. Tiragem: 1.000 exemplares. Impressão CEGRAF Gráfica e Editora Ltda Tel. 3234-5170 - 3234-5136 |
Dicas
|