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HÁ UMA EQUIVALÊNCIA ENTRE VIDA E FILOSOFIA?

 JASSON DA SILVA MARTINS

Doutorando em Filosofia – (UFBA)

Mestre em Filosofia – (UNISINOS)

Introdução

             Em breve momento na história – em algumas escolas helenísticas – podemos dizer que houve uma equivalência entre viver e filosofar. O que é mais comum à tradição filosófica é uma reflexão sobre vida e filosofia ou sobre existência e filosofia. Apesar de restrita, a discussão sobre uma possível equivalência entre viver e filosofar é permanente.

            Antes de apresentar a possibilidade, vamos aos riscos. O risco é cair no antagonismo que pode conduzir à destituição da teoria (filosofia) em proveito do ato de viver (prática). Outro perigo seria o inverso: ter em elevada conta a verdade (em sentido teórico-filosófico) em proveito do sentido da vida e do viver. Equivalência significa não exaltar um dos aspectos e rebaixar o outro. Se filosofamos é porque vivemos. Viver, como ação prática que é, requisita o filosofar?

            O oposto também é verdade: há uma dimensão prática da vida (que é viver) que exige uma dimensão teórica (filosofia). No que segue eu gostaria de abordar esse tema mostrando que há uma exigência racional de refletir sobre a maneira como o ser humano deveria viver que clama por uma completude que só pode ocorrer com a conformidade da vida à filosofia. Esta exigência mútua foi expressa por Sócrates na conhecida afirmação: “Uma vida sem reflexão não vale a pena ser vivida”. Como revela a obra de Pierre Hadot, a reflexão filosófica sobre a vida e o viver é uma constante com potencial para interpretarmos a própria história da filosofia.

 

Causalidade recíproca

 

            Por vezes, a oposição entre estas duas grandezas, qual seja, viver e filosofar, foi expressa em termos de oposição, o que significava escolher um dos lados. Um exemplo (antigo) pode ser encontrado em Epicteto: “Se as teorias filosóficas te seduzem, senta-te e volta para ti mesmo. Mas não te chames jamais de filósofo e só sofras se alguém te der esse nome” (ÉPICTÈTE, 2015, III, 21, 23). Se repassarmos a longa história das ideias encontramos, em diferentes épocas, esse tipo de afirmação: na maioria das vezes exaltando a prática em detrimento da teoria, no sentido de subordinar a verdade ao sentido que ela indica.

Abaixo apresentarei fragmentos bem distintos, cujo foco é bem parecido. Na primeira citação, de autoria de Plotino, o autor questiona o discurso gnóstico e, com prova, afirma que somente a virtude, acompanhada da prudência, pode manifestar Deus e impedir que a divindade seja apenas um nome:

 

Não basta dizer: “olha para Deus”, se não se ensina como se deve olhá-lo. O que impede, de fato, poderia alguém dizer, de olhar a Deus, sem abster-se de nenhum prazer e sem reprimir a cólera, de recordar continuamente o nome de Deus, permanecendo sob o domínio de todas as paixões, sem nada fazer para delas se libertar? Somente a virtude progressiva, acompanhada da prudência, nos manifestam Deus. Sem a verdadeira virtude, Deus não é senão um nome vazio (PLOTINO, 2015, 9, 15, 34-40).

 

            Para Plotino, como podemos ler, somente uma prática efetiva de valores ditos divinos poderia “manifestar” o discurso sobre Deus. A segunda citação é de autoria de um poeta-filósofo do Renascimento. Em um contexto filosófico-religioso o autor opõe a dicotomia entre a vontade e o conhecimento. Segundo ele, é preferível querer o bem (dimensão prática) do que conhecer a verdade (dimensão teórica):

 

É mais recomendável desenvolver a vontade boa e piedosa do que o entendimento claro. Como dizem os sábios, o objeto da vontade é o bem, o objeto do entendimento é a verdade. Mas é mais sábio querer o bem do que conhecer a verdade, pois aquele nunca carece de mérito, ao passo que a verdade muitas vezes tem culpa e não tem desculpa (PETRARCA, Apud, SANTOS, 2009, p. 415-416).

 

            Outro testemunho clássico, em contraposição, na defesa da vida como ocupação central, podemos encontrar em Montaigne. O autor francês, no ensaio Da experiência questiona: “Dizemos: ‘Passou a vida na ociosidade’, ou ‘nada fiz hoje’. Não viveste então? Pois essa é a ocupação mais fundamental e ilustre” (MONTAIGNE, 2001, III, XIII). O raciocínio de Montaigne, através do questionamento, visa uma clara equivalência entre viver e filosofar.

Wittgenstein também compreende essa relação de modo circular, ou seja, se a parte teórica (molde) está causando problema à vida, resta modificar a vida, através do viver (prática), para que o elemento perturbador desapareça:

 

A maneira de resolver o problema que vês na vida é viver de um modo que faça que o que é problemático desapareça. O fato de a vida ser problemática mostra que o contorno da tua vida não encaixa no molde da vida. Portanto, deves modificar a tua maneira de viver e, logo que a tua vida se encaixe no molde, o que é problemático desaparecerá (WITTGENSTEIN, 2020, p. 59).

 

            Sabemos que foi esse tipo de argumento que inspirou Pierre Hadot. Em toda a sua obra a noção de jogo de linguagem tem uma influência determinante sobre aquela de exercício espiritual. Especificamente, no prefácio da obra Wittgenstein e os limites da linguagem: a ideia de jogo de linguagem ancorada em “uma atividade determinada”, “uma situação concreta”, ou “uma forma de vida”, permitiu ao autor resolver o problema da incoerência aparente dos textos antigos:

 

Portanto, era necessário ressituar os discursos filosóficos em seu jogo de linguagem, na forma de vida que os havia engendrado; logo, na situação concreta pessoal ou social, na práxis que os condicionava ou em relação ao efeito que queriam produzir. Foi nessa ótica que comecei a falar de exercício espiritual, expressão que talvez não seja feliz, mas que me serviu para designar, em todo caso, uma atividade, quase sempre de ordem discursiva, quer seja racional ou imaginativa, visando o modificar, em si ou nos outros, a maneira de viver e de ver o mundo (HADOT, 2016, p. 10-11).

 

            Essa “descoberta” de Pierre Hadot, qual seja, que a filosofia é um exercício espiritual, o conduziu à concepção de que a filosofia possui também uma dimensão prática: ela é uma maneira de viver. Em sua obra O que é a filosofia antiga? ele visa extrair da história da filosofia aspectos relevantes do discurso que permitiu um determinado modo de viver: “Ao lado da história, há lugar para um estudo da vida e dos comportamentos filosóficos” (HADOT, 2017, p. 16).

            Sua obra, portanto, não visa apenas reconstruir argumentos no interior de uma história das ideias historicamente estabelecidos. Conceber a filosofia como modo de vida não implica apenas escrever, à margem da história das doutrinas, uma história das práticas ou uma história das ações. Diferentemente dos manuais de história da filosofia, a obra de Hadot visa, filosoficamente, afirmar o primado das práticas (modos de vida) a partir das teorias. Este primado ou anterioridade, pode ser resumida e expressa em três perspectivas bem distintas, mas mutuamente integradas em sua obra.

            A primeira perspectiva é a cronológica, visto que a escolha de vida precede o discurso teórico: “O discurso filosófico tem sua origem, portanto, em uma escolha de vida e em uma opção existencial, e não o contrário” (HADOT, 2017, p. 17-18). A segunda perspectiva é a lógica, posto que o modo de vida esclarece o discurso: “... o discurso filosófico deve ser compreendido na perspectiva do modo de vida no qual ele é ao mesmo tempo o meio e a expressão” (HADOT, 2017, p. 19). Por fim, a terceira perspectiva que pode ser descrita como ontológica, à medida que o próprio discurso é puro ato:

 

O discurso filosófico teórico nasce, dessa opção existencial e reconduz, à medida do possível ou por sua força lógica e persuasiva, à ação que quer exercer sobre o interlocutor; ele incita mestres e discípulos a viver realmente em conformidade com sua escolha inicial ou, ainda, conduz de alguma maneira à aplicação de um ideal de vida (HADOT, 2017, p. 18).

 

            Toda a obra de Pierre Hadot deixa claro que ele não defende a tese de uma anterioridade da teoria sobre a prática, muito menos uma subordinação estrita. O filósofo francês prefere falar de uma “causalidade recíproca”. Se, por um lado, a escolha da vida determina o discurso, por outro, o discurso deve ser capaz de justificar essa escolha de vida específica.

 

Pode-se considerar a relação entre vida filosófica e discurso filosófico de três maneiras diferentes e por outro lado, estreitamente ligadas. Em primeiro lugar, o discurso justifica a escolha de vida e desenvolve todas as suas implicações: poder-se-ia dizer que é uma espécie de causalidade recíproca; a escolha de vida determina o discurso, e o discurso determina a escolha de vida justificando-a teoricamente. Em segundo lugar, para poder viver filosoficamente, é necessário exercer uma ação sobre si mesmo e sobre os outros, e o discurso filosófico, se é realmente a expressão de uma opção existencial, é, nesta perspectiva, um meio indispensável. Enfim, o discurso filosófico é mesmo uma das formas de exercício do modo de vida filosófico, sob a forma do diálogo com outrem ou consigo mesmo (HADOT, 2017, p. 252-53).

 

O autor encontra o fundamento constitutivo dessa “causalidade recíproca” na interação entre a vontade e a inteligência, ou seja, entre a faculdade do querer (agir) e a inteligência (saber)

 

Mas há uma espécie de interação ou de causalidade recíproca entre vontade e inteligência, entre o que o filósofo quer profundamente, o que lhe interessa no sentido mais forte do termo, isto é, a resposta à questão ‘como viver?’, e o que ele procura elucidar e esclarecer pela reflexão (HADOT, 2017, p. 383).

 

            Notemos que o elemento central que une inteligência e vontade é definido pelo desejo de responder uma pergunta filosófica: como viver? A equivalência parece surgir quando um determinado modo de vida precisa ser justificado:

 

Poderíamos dizer em todo caso que há uma causalidade recíproca entre reflexão teórica e escolha de vida. A reflexão teórica vai em um certo sentido graças a uma orientação fundamental da vida interior, e esta tendência da vida interior se precisa e toma forma graças à reflexão teórica. [...]. Dito de outro modo, a reflexão teórica supõe já uma certa escolha de vida, mas esta escolha de vida só pode progredir e se precisar graças à reflexão teórica (HADOT, 2016, p. 142).

 

            O discurso de Hadot fica ainda mais justificado quando descobrimos que o seu objetivo, ao retomar a história das ideias a partir da concepção da filosofia como maneira de viver, é revelar o ato de viver através de uma perspectiva cósmica. Essa perspectiva (cósmica) seria a única forma para o autor capaz de fazer perceber o mundo como mundo:

 

Há aqui, aliás, um tipo de causalidade recíproca, pois a tomada de consciência da relação com o mundo, por sua vez, traz ao espírito a paz e a serenidade interior na medida em que a nossa existência será recolocada na perspectiva cósmica (HADOT, 2014, p. 323).

 

            Fica claro que aquela intuição socrática – uma equivalência recíproca entre vida e filosofia – perpassa toda a obra de Hadot. Em outras palavras, o conteúdo doutrinal das escolas filosóficas e a dimensão informativa não podem ser dissociados de uma experiência vital de formação e transformação. É particularmente revelador aquilo que Pierre Hadot escreve a respeito dos sistemas de pensamento: é através deles que podemos ver a forma completa, autárquica da teoria e melhor avaliá-los. Nessa perspectiva, longe de ir no sentido de sua autonomização, a sistematicidade reforça a incorporação do viver no discurso teórico.

 

Sistema de pensamento e sua utilidade

 

Na perspectiva de Hadot, um sistema teórico precisa fundamentar e justificar uma prática de vida. O tetrapharmakon, o “quádruplo remédio” (epicurista) e também a imbricação orgânica (dos estoicos) das três partes da filosofia (a lógica, a física e a ética) revela algo dessa imbricação entre sistema teórico e alcance prático. É inegável que há e que é fundamental haver uma coerência teórica do sistema capaz de expor as partes (a lógica como domínio do discurso, a física como elevação à consciência do todo, a ética como justificativa racional das ações). É a prática o elemento que manifesta a unidade do sistema:

 

De maneira geral, pode-se dizer que a vantagem da estrutura sistemática das teorias estoica e epicurista é que os refinamentos doutrinais podem ser reservados aos especialistas, mas que o essencial da doutrina é acessível a um público mais amplo (HADOT, 2017, p. 255).

 

            Como dissemos, ao longo da história das ideias, apesar de constar, de um lado, discurso e, do outro, da escolha de vida, o fato é que não podemos opor teoria e prática. O modo de vida é sempre preponderante. Mesmo no caso da filosofia como escolha profissional o discurso pode ter um efeito prático:

 

... o discurso é um meio privilegiado graças ao qual o filósofo pode agir sobre si mesmo e sobre os outros, pois, se ele é a expressão de uma opção existencial daquele que o sustenta, sempre tem, direta ou indiretamente, uma função formadora, educadora, psicagógica, terapêutica. É sempre destinado a produzir um efeito, a criar na alma um habitus, a provocar uma transformação do eu (HADOT, 2017, p. 254).

 

            É neste contexto que o autor aproxima a expressão “exercício espiritual” das práticas destinadas que realizam mudanças no sujeito que realiza tais exercícios. Se é assim, parece lícito considerarmos válida a hipótese aqui apresentada de que uma equivalência entre viver e filosofar é possível e também desejável. Práticas de exercícios teóricos, ou seja, passagem do discurso ao ato pode e deve ser contados no número das práticas:

 

O que eu disse de uma maneira geral em meus livros sobre os exercícios espirituais poderia dar a impressão, embora eu tenha tentado evitá-la, de que os exercícios espirituais são algo que se acrescenta à teoria filosófica, ao discurso filosófico: seria apenas uma prática que completaria a teoria e o discurso abstrato. Na realidade, é a filosofia em sua inteireza que é exercício, tanto o discurso de ensino quanto o discurso interior que orienta nossa ação [...] o que eu quis mostrar em especial foi justamente que aquilo que consideramos como pura teoria, como abstração, era prático (HADOT, 2016, p. 116).

 

            A filosofia e o discurso filosófico são inseparáveis. Há exemplos no interior da tradição, os chamados casos-limites que tendem a provar que, na antiguidade, a qualificação de “filósofo” poderia ser autorizada como um discurso mínimo ou até mesmo ausente. Um exemplo de discurso mínimo é o caso dos cínicos; da ausência de discurso podemos citar certas figuras como os estoicos Catão e Rutílio Rufus. O outro caso-limite de renúncia do discurso encontramos no ceticismo. “Do mesmo modo que Apeles consegue realizar a perfeição da arte renunciando à arte, o cético consegue realizar a obra de arte filosófica, isto é, a paz da alma, renunciando à filosofia, entendida como discurso filosófico” (HADOT, 2017, p. 210).

            A busca de uma equivalência entre vida e filosofia supõe que o discurso filosófico desvela não somente a denominação, mas a justificação e as condições do viver que retroalimenta o filosofar.

            A relação entre sistema de pensamento e prática de uma teoria deve manter uma distância necessária e saudável. A afirmação do necessário enraizamento do discurso filosófico em uma praxis e uma experiência vital não vale a destituição do discurso em proveito daquele. O discurso filosófico e o viver, como resume tão bem a expressão forma-de-vida, empregada pelo filósofo Giorgio Agamben, é uma forma de superar a mera vida nua, a mera vida biológica e compreender a vida e o viver em sua atualidade, repetição e possibilidade:

 

Ela [a expressão forma-de-vida] define uma vida – a vida humana – na qual cada um dos modos, dos atos e dos processos do viver nunca são simplesmente fatos, mas sempre e sobretudo possibilidades de vida, sempre e sobretudo potência. [...]. A forma do viver humano nunca é prescrita por uma vocação biológica específica nem é marcada por qualquer necessidade, mas, por mais costumeira, repetida e socialmente obrigatória que seja, conserva sempre o caráter de uma possibilidade real, ponto em jogo o próprio viver (AGAMBEN, 2017, p. 233-34).

 

            Em verdade, o discurso como vida tende rumo à sabedoria sem jamais atingi-la plenamente. Poderíamos dizer que é o divórcio entre filosofia e sabedoria que coloca a necessidade irredutível do discurso. Em outros termos, a primeira operação característica, a saber, a destituição da teoria em proveito do ato, não se encontra em Hadot. Ele mesmo explicita, como podemos ler, a reivindicação inversa: “Outro perigo, o pior de todos, seria acreditar que é possível passar sem a reflexão filosófica” (HADOT, 2017, p. 393). Há uma necessidade de agir assim como de filosofar. A equivalência entre vida e filosofia, que se mostrou possível com o modo de vida e o discurso filosófico de Sócrates, é uma forma permanente de filosofar e viver ainda hoje.

 

Conclusão

 

            O que foi dito acima, embora retomando ideias centrais de Pierre Hadot, aponta para algo que é uma forma atual de abordarmos a relação entre vida e filosofia. Se a história indica ambiguidade ou oposição, o mérito de Hadot foi revelar um aspecto pouco visível entre sistema filosófico e modo de vida. Entre vida e filosofia, o desafio fica por conta do estabelecimento de uma reciprocidade entre viver e filosofar. Se a ideia serve para as escolas antigas, seria possível aplicá-la aos sistemas modernos, a exemplo do hegeliano ou marxiano?

            Não deixa de ser inspirador o ideal de conceber a história das ideias como sistema que serve como exposição e fundamentação teórica de concepções práticas da vida e do viver. Pensar na vida, em momentos bem específicos, parece algo comum a todos. Pensar a vida de modo filosófico, visando uma equivalência entre a exposição teórica e o ato de viver é uma tarefa de natureza filosófica.

            O que essa releitura parcial da obra de Hadot revela é que o seu projeto resumido nas expressões “filosofia como exercício espiritual” e “filosofia como maneira de viver” é um modo atual de abordar a tradição filosófica sem que outros aspectos – o comentário, o ensino universitário –, impeçam o filósofo contemporâneo de equiparar essas duas dimensões da existência humana: viver e filosofar.

 

Referências

 

AGAMBEN, Giorgio. O uso dos corpos. São Paulo: Boitempo, 2017.

 

ÉPICTÈTE. Entretiens. Fragment et sentences. Paris: Vrin, 2015.

 

HADOT, Pierre. Exercícios espirituais e filosofia antiga. São Paulo: É Realizações, 2014.

 

______. A filosofia como maneira de viver: entrevistas de Jeannie Carlier e Arnold I. Davidson. São Paulo: É Realizações, 2016.

 

______. O que é a filosofia antiga? 6 ed. São Paulo: Loyola, 2017.

 

MONTAIGNE, Michel de. Os ensaios: livro III. São Paulo: Martins Fontes, 2001.

 

PLOTINO. Segunda Enéada. Belo Horizonte: Nova Acrópole, 2015 [Bilíngue].

 

SANTOS, Leonel Ribeiro dos. Petrarca filósofo da condição humana, Philosophica, n. 34, 2009, p. 415-437.

 

WITTGENSTEIN, Ludwig. Cultura e valor. Lisboa: Edições 70, 2020.